Quinta-feira a tarde e eu estudando Sociologia. Na verdade, preparo algo para meu filho estudar, mas... eu estou aprendo, e muito!
Deparo-me com o texto Eu etiqueta, de Drummond. Vale à pena ler. Eu li. No texto, uma sociedade que exalta a imagem, "as etiquetas" que usamos. Uma sociedade do ter em detrimento do ser, da despersonalização, que vive em guerra entre a capacidade de pensar, agir e decidir e a de aceitar passivamente as imagens, as marcas, os rótulos. Pego emprestada a citação do presidente uruguaio, José Pepe Mujica: "A
humanidade sacrificou os deuses imateriais e
ocupou o templo com o “deus mercado, que
organiza a economia, a vida e financia a
aparência de felicidade. Parece que
nascemos só para consumir e consumir. E
quando não podemos, carregamos a
frustração, a pobreza, a autoexclusão”.
Que país é esse, Renato Russo?
Foi-se a "imaginação sociológica" e não
somos nós mais "que fazemos a hora"?
Qual o tamanho
da minha e da sua liberdade?
Estaremos
fadados a nos rendermos ao sistema?
Ai... penso nos meus netos...
Penso na história da família,
em tudo que temos
construído e vou juntando a estes
acontecimentos os acontecimentos da
História...
Como será o futuro, João Alexandre?
Ainda bem que a Sociologia voltou a ser
obrigatória no Ensino Médio... talvez ajude à
sociedade a compreender as transformações
do mundo... o mundo das etiquetas, que não
são as ensinadas pela Glória Kalil...