Toda a atenção é pouca: é preciso ter muito cuidado para não ser "comparsa" do inimigo, ferindo outros, distribuindo achismos e julgamentos por aí, numa capa de crítica construtiva ou opinião própria. Ser mais atento ao ser humano que está recebendo o que a gente fala é um exercício necessário. Afinal, se o objetivo é ajudar, colocar-se no lugar do outro é o primeiro passo para uma crítica ser bem recebida.
A nossa visão é muito limitada. Nossa mente é levada a levantar os mais diversos pontos de vista e as mais variadas sugestões para "ajudar" o outro quando, muitas vezes, a nossa casa está toda desarrumada. Será que olhar pra fora está sendo mais fácil do que olhar pra dentro, e gastar tempo em resolver seus próprios desafios? Uma terapia em dia vai ajudar bastante para não corrermos o sério risco de nos tornamos meros acusadores e juízes. Afinal, quando somos nós que passamos por lutas, quando o erro é nosso, a única coisa que desejamos é recebermos um tratamento acolhedor, uma postura firme, mas afetuosa que nos transmita empatia e a certeza de que somos maiores de que um erro, uma circunstância pontual.
Lembre-se; enquanto você aponta o dedo para alguém, o inimigo faz esta mesma acusação. O erro ou provação de alguém não deve ser palco para nosso julgamento, mas alvo da oração. Se não puder ajudar, fique em silêncio, ore. Já estará ajudando.